Empresário que simulou a própria morte é preso em Navegantes
Segundo a Polícia Civil, ele teria assassinado um morador de rua para que o corpo fosse identificado como sendo o seu.

Um empresário de 38 anos, dono de uma empresa de energia solar, foi preso na manhã de ontem, em Navegantes (SC), suspeito de forjar o próprio homicídio duas vezes e matar um homem em situação de rua em uma das simulações. Outro homem, de 41 anos, também foi preso acusado de participação nos crimes, cometidos no município de São Cristóvão do Sul.
A investigação aponta que Edilson Peter, de 41 anos, dono de uma empresa de placas de energia solar, estava sendo investigado por estelionato. Para escapar das dívidas, ele teria planejado sua falsa morte com a ajuda de um cúmplice, de 38 anos. Em 12 de fevereiro, seu desaparecimento foi comunicado, e três dias depois, sua caminhonete foi encontrada incendiada na BR-470, com um corpo carbonizado. O cadáver foi posteriormente identificado como sendo de Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos.
Antes mesmo da confirmação do exame de DNA, o empresário simulou uma nova tentativa de forjar sua morte. Ele gravou um vídeo encenando uma sessão de tortura, na qual teve um dedo amputado e dois dentes arrancados. O material foi enviado a familiares e portais de notícias, e uma garrafa contendo os restos foi deixada na casa da namorada dele.
A farsa foi descoberta quando a Polícia Civil identificou que o corpo carbonizado não pertencia ao empresário. Os investigadores começaram a cruzar informações sobre desaparecidos na região e confirmaram que a vítima era o morador de rua.
Edilson Peter foi preso em Navegantes e agora responde por homicídio qualificado e fraude processual. Seu cúmplice, que já tinha antecedentes por homicídio, também foi detido.
A defesa do empresário afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito policial e aguardará mais informações antes de se manifestar. Os advogados destacaram a importância do respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência.
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