O suspeito acusado do crime contra a professora Carin Daiana Salomão, de 37 anos, coordenadora de Projetos da Secretaria de Educação de Navegantes, e da recepcionista Raquel Jaqueline Hostins, de 32 anos, afirmou que os ferimentos em seu corpo resultaram de uma briga da qual ele participou. As informações foram reveladas pela Polícia Civil de Navegantes neste domingo (dia 23). Segundo a polícia, em colaboração com a Polícia Militar, o crime foi elucidado com base no depoimento de uma testemunha inicial, um amigo das vítimas.
De acordo com essa testemunha, que saiu com Carin e Raquel na noite anterior, encontrou o suspeito, F. L. K., de 34 anos, ex-colega de escola, na manhã seguinte. A testemunha relatou que uma das vítimas pediu carona para casa, com o suspeito, que também planejava ir à casa dos pais em Navegantes.
Segundo a polícia, o grupo estava alterado. Após deixar supostamente uma das vítimas em sua casa, o suspeito foi para a casa dos pais, onde houve uma discussão que culminou na quebra do para-brisas do carro dos pais com uma pedra.
A Polícia Civil foi informada da ocorrência e, naquele momento, já tinha conhecimento do duplo homicídio. O suspeito foi encontrado em casa, tomando banho, e os policiais notaram cortes recentes em seu tórax. Ele alegou tê-los obtido ao tentar separar uma briga entre amigos, porém não conseguiu provar isso. Além disso, foram encontrados objetos sujos de sangue com ele.
Diante dessas evidências, o rapaz foi levado para a Central de Plantão Policial (CPP) em Itajaí, onde o delegado de plantão solicitou e o juiz concedeu a prisão preventiva ainda durante a madrugada. Um tênis foi apreendido para perícia a fim de auxiliar nas investigações.
Os corpos das vítimas foram encontrados sem vida na casa de Raquel, onde ficaram por pelo menos 24 horas até serem descobertos por um amigo no início da noite de sábado. Segundo o delegado Gustavo Reis, o crime provavelmente ocorreu na sexta-feira (dia 21), conforme revelaram imagens de monitoramento que mostravam o veículo de Carin estacionado em frente à casa de Raquel desde sexta-feira.
A investigação continua para determinar o que motivou o crime, se foi um suposto relacionamento entre as vítimas que desencadeou um triângulo amoroso ou se foi um crime passional motivado pela não aceitação da separação por parte do suspeito. A possibilidade de violência sexual é considerada menos provável pelo delegado Gustavo. Os corpos das vítimas foram encontrados sem roupa, em cômodos diferentes da casa.
Um amigo de Raquel, identificado inicialmente como C., foi quem descobriu os corpos na manhã de sábado por volta das 7h e chamou a polícia pela primeira vez. O pescador foi preso na madrugada de domingo, mas não confessou o crime. A investigação segue em andamento.
